quarta-feira, 18 de maio de 2016

Fenóis



Fenóis e suas características:
Os fenóis são compostos orgânicos caracterizados pela presença de uma hidroxila (OH) ligada a um anel aromático, como mostrado a seguir:


Essa é a fórmula do fenol mais simples, o hidroxibenzeno ou benzenol








Muitas pessoas costumam confundir os álcoois com os fenóis e os enóis. A diferença é que os álcoois são caracterizados pela hidroxila ligada a carbonos saturados (que realizam ligações simples), todavia, nos enóis, a hidroxila está ligada a carbonos insaturados (que realizam ligações duplas) em cadeias abertas.
Dependendo da quantidade de hidroxilas ligadas ao anel aromático, o fenol pode ser classificado em monofenol (1 OH), difenol (2 OH), trifenol (3 OH) e assim por diante.
A fonte específica dos fenóis na natureza é o alcatrão de hulha. A hulha é um tipo de carvão que possui alta concentração de carbono. Ela passa por uma destilação a seco que dá origem a três frações, e uma delas é o alcatrão de hulha. Este, por sua vez, é submetido a uma destilação fracionada que resulta em cinco partes, em que duas delas, os óleos médios e os óleos pesados, possuem quantidades razoáveis de fenóis (principalmente os óleos médios).


Hulha – Fonte de fenóis 





Os fenóis são sólidos em condições ambientes, com exceção do m-cresol, que é líquido. Eles são incolores e pouco solúveis ou insolúveis em água, mas são solúveis em bases.

Na natureza, os fenóis podem ser encontrados e extraídos do alcatrão de hulha, bem como também podem ser sintetizados em laboratório. Além disso, existem outros fenóis que estão presentes em vários vegetais. Alguns exemplos são:

·         A carqueja é uma planta usada em chás para combater gastrite, má digestão, azia, cálculos biliares e prisão de ventre, sendo um de seus constituintes o carquejol (2-isopropenil-3-metilfenol);
·         O gengibre é rico em gingerol – substância que já foi usada em testes para combater o câncer e mostrou um bom resultado;
·         O eugenol é um fenol encontrado no cravo-da-índia e é usado em antissépticos bucais.
·          A vanilina é a essência de baunilha obtida por meio de vagens produzidas pela orquídea, e o timol é a essência de tomilho e é encontrado no orégano, ambos usados pela indústria alimentícia.

  
Propriedades Físicas
Os fenóis são sólidos em condições ambientes, com exceção do m-cresol, que é líquido. Eles são incolores e pouco solúveis ou insolúveis em água, mas são solúveis em bases.
A menos que exista na molécula algum grupo que possa produzir cor, os fenóis são incolores.
Se oxidam facilmente, como as aminas, e muitos fenóis apresentam cor devido à presença de produtos de oxidação corados.
Uma das aplicações principais dos fenóis é como antisséptico e germicida. Isso ocorre porque eles conseguem coagular as proteínas dos organismos das bactérias. O próprio benzenol foi muito utilizado em desinfecção de hospitais. Porém, por possuírem essa ação desinfetante, os fenóis também são tóxicos e cáusticos, por isso o benzenol parou de ser usado como antisséptico.

Nomenclatura
A palavra hidróxi deve ser colocada antes do nome do hidrocarboneto aromático.

A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) estabeleceu uma nomenclatura particular para esses compostos aromáticos, que é dada através do seguinte esquema:








A nomenclatura IUPAC permite também que se dê aos fenóis a terminação “ol” no lugar do termo “hidróxi”. Além disso, os fenóis mais simples possuem nomes mais comuns, que são aceitos pela IUPAC.:


Aplicações

O fenol e seus derivados costumam ser poderosos bactericidas porque eles têm a capacidade de coagular as proteínas dos organismos das bactérias. Por isso, o fenol comum foi muito usado como desinfetante de instrumentos cirúrgicos, o que diminuiu em muito na época o número de mortes por infecção hospitalar. No entanto, com o passar do tempo, ele foi substituído por seus derivados, porque o fenol é tóxico e corrosivo, podendo causar queimaduras.

O fenol é utilizado hoje na fabricação descolorantes, na preparação de resinas, na produção de fenolftaleína e dos cresóis.


Bibliografia:
 


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